TEXTOS EDUCATIVOS

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

O texto na sala de aula: “um veículo social”




A produção textual na escola vem sendo um tema bastante discutido entre professores e estudiosos da língua. A maior problemática enfrentada por alguns mestres é que essas aulas estão se tornando um verdadeiro martírio para os discentes.
O que se percebe nas salas de aula nos últimos anos são alunos desmotivados e produzindo textos insignificantes, os quais não condizem com o contexto; pois, diversas vezes esses textos são escritos para apenas para o professor, que basicamente é o único interlocutor dessas atividades. Outro problema sério que atinge o universo escolar são as aulas de produção textual, as quais na maioria das vezes estão centralizadas na modalidade lingüística. O texto não possui uma utilidade social na escola, é uma mera atividade mecânica, na qual os alunos estão norteados e inquietos simplesmente em aprender os aspectos gramaticais.
Sabe-seque a escrita é essencial na vida dos discentes, todavia, deve ser feita de forma instigante, otimizante, e prazerosa. Dessa maneira se faz necessário que as aulas de produção textual sejam interativas, as quais possibilitem o intercâmbio desses textos como “um veículo social”. Segundo estudiosos da língua, como, por exemplo, o professor Mascushi , da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), dependendo do interlocutor, os alunos produzem bons textos.Um exemplo disso são as cartas, os bilhetes e as poesias que eles produzem, porque os alunos conhecem o interlocutor desses textos. E outro fato interessante é que os mesmos sabem a utilidade social destas produções textuais. Torna-se inútil ensinar os alunos a ler e escrever sem lhes oferecer ocasiões para o uso efetivo da língua, eficiente, criativo e produtivo dessas habilidades de leitura e escrita.
Diante das mudanças evolutivas que vêm acontecendo em todas as esferas: sociais, culturais, políticas e econômicas é imprescindível mudanças significativas nas aulas de produção textual, já que as mesmas estão estagnadas há algum tempo. As mudanças vão chegando em um ritmo alucinante e não se admite mais que essas aulas sejam ministradas através de exercícios fragmentados, descontextualizados, sem significado na vida prática dos alunos. O professor de Língua Portuguesa deve estar atento às mudanças, deve orientar inovar, criar e construir com seus alunos atividades, as quais possam torná-los produtores de textos interessantes. O Brasil, em pesquisa recente, ficou no último lugar nas questões de leitura e interpretação. Se eles não conseguem ler e interpretar como vão escrever bons textos? Por este motivo é que torna-se interessante atividades que desenvolvam criticidade, criatividade e o prazer para que os alunos possam se tornar cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres na sociedade.
O professor deve lembrar que o texto é “um veículo social” e os mesmos necessitam de uma atenção especial na escola. O que acontece muitas vezes é que a escola tem dificuldades de lidar com os erros. Há uma tendência em não aceitar que o aluno escreva errado. Há premiação para quem acerta anotação de parabéns, estrelas e carimbos. A escola teme que os erros sejam fixados e promove a imediata substituição pelo certo. O que o professor precisa saber é que também errando os alunos aprendem. Os erros diversas vezes são frutos de reflexões e, portanto, os mesmos demonstram como estão pensando. Lamentavelmente, grande parte da atrofia para produção de textos é causada pela escola. Os alunos passam anos na escola e escrevem pouco. Diante de tudo isso surge uma indagação: como esperar que o aluno produza textos sem escrever?
Baseados nessa concepção afirmam os estudiosos que práticas pedagógicas as quais não permitem a expansão argumentativa da expressão oral e escrita reproduzem um sistema monopolizador, no qual as pessoas são reprodutoras passivas de um conhecimento homogêneo; no entanto, se transformam o saber em fazer almejando uma autonomia que é o saber ser torna- se mais fácil à aprendizagem, a qual deve estar centrada em formar alunos que escrevam textos interpretáveis e coerentes, a fim de que as aulas de produção textual na escola deixem de ser um martírio e tornem-se aulas prazerosas e estimulantes.
Texto da Professora Neusa Amorim

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